sexta-feira, agosto 13, 2010

Neve e luzes...


Faz todo sentido e do futuro se desfaz. Gira em torno do globo, faz dos oceanos pequenos rios. Volta e não diz nada...


Some novamente sem dizer porque, manda neve no carnaval e flores do campo no inverno. Luz na noite e orvalho no dia....


Na primavera folhas secas e no outono. No outono reaparece como se nunca tivesse saido dali.


Eis aqui o ser humano, inundado em sentimentos que nem ele mesmo consegue enteder ou realmente saber se esta sentindo. Ele está perdido sobre toda essa neve, permeada em belas luzes que atrapalham o dicernimento e aguçam reflexos incoerente...


Assim se faz o certo, pois so sendo muito adverso e inconstante pra ter algum resultado, so assim sempre deixa a falta nos locais por onde passa. E retorna pra trazer consigo a alegria ou tristeza na bipolaridade dos sentidos de outrora....



Nossa atitude é biodegradável...

sexta-feira, junho 12, 2009

E então ele atravessou todo os oceanos do mundo...


E quando acordou percebeu que apenas submerso ele teria paz.









Nossa atitude é biodegradável...

sexta-feira, janeiro 16, 2009

O sonhar...




Desfeito o pesar da carne, para isso serve o sonho. Ele encara um estilo de agir e sentir diferenciado, tomando rumos diversos, decisões precipitadas sem o mínimo pesar. Normalmente falhos a memória, os sonhos nunca voltam por inteiro ao acordar. Mas, como ele sempre diz, “após acordar sempre ocorre o se porem de querer viver no sonho”. Repetiu isso nos últimos 9 anos de sua vida, quando começou a pensar diferente sobre o que queria ou podia ser, quando viu que não dependia apenas de si para tingir os seus sonhos. Uma descoberta pesada quando se tem apenas 9 anos de vida. Salta o vazio, sensação impossível de se ter indiferença...


O dia nasce às cores ascende a sua vista, o mesmo lugar. Pôsteres e fotos nas paredes, seus pertences ao redor da cama. Os cds, vários cds, computador, som (ainda ligado), o relógio marca outro palíndromo como sempre ocorre, dessa vez são: 08:08. Despertar nem sempre é fácil para ele, alguns dias o peso parece maior, o fardo a carregar não quer deixar ele se erguer...



Abre os olhos, esfrega o rosto. Agora com o olhar mais atento descobre em meio aos objetos alheios em seu quarto um caderno incomum, vistoso, diferente de tudo presente naquele cômodo. Aventura-se então erguer o tronco e caminhar em direção ao objetivo, sim ele sempre age com um objetivo. Agora com o caderno em suas mãos, procura alguma identificação em meio aquela capa verde e vistosa, nada. Nenhum nome, apenas um símbolo central, vagamente conhecido. Volta a pensar no sonho enquanto caminha para a cama e senta, abre o livro e páginas em branco aparecem prontas para serem preenchidas, assim como o dia que se inicia. Dentro do livro uma pena negra, como um marcador de textos, nesta página escritas entre garranchos femininos, em azul:

“Só pra dizer que as condições ainda estão aqui, vamos fazer uma família como sempre quis, na verdade nós temos mais que muitos e estes conseguem ser feliz. Vamos fazer um futuro dessa situação, vamos criar as nossas vidas como em um refrão, na verdade a vida são apenas sonhos, que estão em construção...”


Nossa atitude é biodegradável...

quinta-feira, janeiro 15, 2009

O acordar...



Sensato seria um belo ato para ela, aos seus 15 anos não lembra mais dos 12, nem da mennarca que deu inicio a um sangrar sem fim, cada vez mais constante entre suas pernas. Um fato relevante é a vontade de lembrar das coisas, o esforço em atingir um objetivo, porém não passa da necessidade de deixar o que já foi para trás, de lado. Como diz aquela música, aquela daqueles com barbas por fazer, moderninhos, todo esforço não passa da vontade de esquecer...

Resolve que chegou a hora de deixar a cama e esquecer-se da noite que já passou, “se a vida continua o melhor é olhar pra frente”, diz ela. O que seria do dia de hoje?! Ela também não é muito boa em planejar o futuro, repete todos os dias “O dia começa igual e sempre é diferente”, mesmo que ela não se esforce para tal, eis o segredo, eis o segredo. A falta de esforço, ela realmente não faz idéia do que é esforço, não se concentra em nada, não tem foco, nem objetivos. Nunca, eu repito, ela NUNCA começa uma coisa pensando em terminar, é o tal lance de não planejar o futuro, só tentar fazer as coisas diferentes, tem outra música que fala sobre isso, pensa ela, qual era mesmo?! Seria uma música ou um programa?!...




Então esta em frente ao espelho, o mesmo espelho de sempre com uma nova imagem, claro que ela sempre tenta estar diferente todos os dias, mesmo não fazendo nada para tal fato realmente ocorrer. Os olhos a perseguem pela imagem, finos pulsos e suas cicatrizes, mas isso nem é novidade. Ela então relembra os momentos marcantes em sua carne, a noite em que pensou ser comparada a uma estrela, atrás dos amps com o herói da sua vida, jovem vida, porem marcada pelo herói que levou sua pureza, seu espírito, deixando apenas o sangrar constante como o dos pulsos. Repete para si, “maldito lexotan que não me deixou fazer o serviço por completo” e agora derrama o vermelho aos poucos pelo meu corpo. A única marca realmente presente em todos os dias é o símbolo feito na pele a ser carregado para todo o sempre...



Então vê o uniforme sobre a cama, maldito uniforme, ela não consegue se misturar, realmente não consegue se identificar com as outras meninas, nem quando veste a mesma roupa, porém nunca é a mesma roupa, sempre revela uma diferença. Agora trajada, pega uma agulha e espeta a ponta do dedo anelar. O vermelho escorre, manchando o branco da pele e da sua vestimenta, “Agora sim, diferente”, ela sorri, mas sente falta de alguma coisa...




Nossa atitude é biodegradável...